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Gadfly

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:08/09/2021 às 20:49 -
Atualizado 3 anos atrás
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O que é gadfly?

Gadfly é uma gíria de origem inglesa que remete a uma pessoa que irrita ou provoca os outros de forma persistente com críticas, ideias, esquemas, demandas ou solicitações. No sentido literal, é qualquer uma das várias espécies de moscas que picam ou incomodam os animais domésticos — daí a ligação do termo original com a gíria.

No mundo corporativo, o termo se refere a um investidor ativista que defende com muita insistência a mudança por meio de propostas de acionistas. De forma geral, eles também se diferenciam por sua prática de comparecer a assembleias de acionistas para gritar de maneira barulhenta para defender seu ponto de vista.

Quais são as características de um gadfly?

Os objetivos de um investidor ativista com participação acionária e de um empresário podem ser harmoniosos, já que tanto um quanto o outro busca melhorar o valor da empresa — ou seja, por meio de mudanças na política corporativa ou ambiental, práticas financeiras, redução de custos, desinvestimento em regiões problemáticas ou outros fatores.

No entanto, o investidor com uma posição acionária importante muitas vezes tem a motivação adicional de uma estratégia de saída de compra que pode ser mais lucrativa do que a de um gadfly.

Batizado em homenagem a pequenos insetos que picam e incomodam o gado, o gadfly corporativo parece irritar a administração de uma corporação até que ela passe a agir de acordo com as preocupações dos acionistas. Perguntas sobre remuneração de executivos ou locais inconvenientes para reuniões anuais, por exemplo, são frequentemente trazidas à luz por um deles.

Comparar um investidor ativista apaixonado a um inseto irritante é, superficialmente, um insulto, mas ao mesmo tempo soa como um grande elogio. De modo geral, um acionista faz uma proposta para forçar a empresa a fazer algo que a administração não manifestou interesse em fazer.

Isso geralmente prepara o palco para um relacionamento contencioso, com a administração pedindo à base de acionistas que vote contra a proposta de acionista do gadfly corporativo — ou, que, ao menos, busque um meio termo.

Qual é a importância de um gadfly corporativo?

Às vezes, os gadflies corporativos fazem todo um espetáculo de exibicionismo, como na época em que Evelyn Y. Davis chegou à reunião anual da Communications Satellite Corp. em 1971 usando somente roupa de baixo e meias até os joelhos. Em outra ocasião, John J. Gilbert exibiu um nariz de palhaço em uma reunião anual da Mattel na década de 1970.

Se deixarmos todo o teatro de lado e focarmos no resultado dele, esses acionistas — que também são conhecidos como gênios corporativos — foram responsáveis ​​por melhorias significativas na governança corporativa. Afinal, a mosca faz o animal se mover.

Quem são os gadflies corporativos mais conhecidos?

Gilbert, citado anteriormente, e seu irmão Lewis foram os pioneiros no campo após a quebra do mercado de ações de 1929. Todo o trabalho de responsabilidade corporativa dos irmãos resultou em muitos dos direitos dos acionistas que agora são tidos como garantidos — como o direito de fazer perguntas nas reuniões anuais.

Evelyn Y. Davis foi, talvez, a mais notável dessa categoria de ativista. Sua fortuna era avaliada na casa dos milhões de dólares e, de acordo com a revista People, ela tinha ações em 120 empresas.

Ela e seus colegas foram uma inspiração e tanto para os mais experientes quanto para os novatos corporativos — principalmente porque os órgãos responsáveis permitiram propostas aos acionistas sobre questões de remuneração de executivos.

Em 2014, três gadflies corporativos — John Chevedden, William Steiner e James McRitchie — estiveram entre os quatro proponentes acionistas mais frequentes no mercado, com base nos registros de 219 empresas da Fortune 250 que realizaram reuniões anuais. Chevedden, Steiner com o seu filho Kenneth e McRitchie — junto com a esposa, Myra K. Young — apresentaram 70% de todas as propostas de acionistas patrocinados por indivíduos naquele ano.

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Autor da Mais Retorno
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