Logo Mais Retorno

Siga nossas redes

  • Instagram Mais Retorno
  • Youtube Mais Retorno
  • Twitter Mais Retorno
  • Facebook Mais Retorno
  • Tiktok Mais Retorno
  • Linkedin Mais Retorno
termos

Imobilização de Recursos não Correntes (IRC)

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:19/05/2020 às 13:15 -
Atualizado 4 anos atrás
Compartilhe:

O que é Imobilização de Recursos não Correntes (IRC)?

Imobilização de Recursos não Correntes (IRC), também chamada de Imobilização de Recursos Permanentes (IRP), refere-se a um índice usado para medir a proporção do ativo fixo em relação aos recursos não correntes.

Ih, complicou? Pois saiba que esses conceitos são mais simples do que parecem. 

Os ativos fixos são aqueles que não podem ser convertidos rapidamente em dinheiro, e nem existe interesse em fazer isso, como é caso das máquinas e mobílias das empresas. Recursos não correntes, por sua vez, são aqueles que não precisam ser rapidamente liquidados, isto é, pagos ou devolvidos a quem cedeu.

Entendendo a Imobilização de Recursos não Correntes (IRC)

Para entender a IRC, antes, é preciso saber que o que chamamos de recursos não correntes corresponde mais precisamente à soma do passivo não circulante com o patrimônio líquido das companhias. 

Sabendo disso, podemos entender que a IRC é a medida da proporção entre o ativo fixo da empresa, que engloba bens e direitos duradouros (especificamente, aqueles contabilizados como investimentos, imobilizados, intangíveis e diferidos), e esses recursos que não precisam ser liquidados em curto prazo. Ela revela quanto a empresa usa dos seus recursos permanentes para financiar todo o seu ativo fixo.

A fórmula da IRC é:

IRC = (Ativos Investimentos + Ativos Imobilizados + Ativos Intangíveis + Ativos Diferidos) ÷ (Patrimônio Líquido + Passivo Não Circulante)

É interessante notar que essa relação é uma variação do índice de imobilização do patrimônio líquido, que não inclui o passivo não circulante no cálculo. 

Como se interpreta a Imobilização de Recursos não Correntes?

Depois de aplicar a fórmula, a interpretação do IRC é realizada observando se o resultado é maior ou menor do que 1. É desejável obter um resultado menor do que 1, pois isso indica que os recursos não correntes são mais do que suficientes para financiar o ativo fixo.

Se o resultado for maior do que 1, concluímos que os recursos não correntes são insuficientes para financiar o ativo fixo. Como consequência, a empresa usa recursos correntes, isto é, que precisam ser liquidados em curto prazo, para financiar o ativo fixo. Isso gera um desequilíbrio nas finanças da empresa.

Idealmente, uma empresa não deve pagar seus ativos fixos com recursos provenientes do passivo circulante, pois haverá um descompasso entre a vida útil desses ativos e o prazo de liquidação do passivo.

Para que fique mais claro, vejamos dois exemplos.

No primeiro exemplo, imagine uma empresa com as seguintes informações:

  • Ativos investimentos: R$ 500 mil
  • Ativos imobilizados: R$ 800 mil
  • Ativos intangíveis: R$ 500 mil
  • Ativos diferidos: R$ 200 mil
  • Patrimônio Líquido: R$ 1,5 milhão
  • Passivo Não Circulante: R$ 750 mil

Aplicamos a fórmula:

IRC = (500.000 + 800.000 + 500.000 + 200.000) ÷ (1.500.000 + 750.000)

IRC = 2.000.000 ÷ 2.250.000 = 0,8889 ou 88,89%

Nesse caso, os recursos não correntes são superiores ao ativo fixo, portanto, mais do que suficientes para financiá-lo.

No segundo exemplo, imagine uma empresa em que basicamente todas as informações são idênticas; porém, ela tem apenas R$ 250 mil em passivo não circulante. Com essa única mudança, o cálculo fica assim:

IRC = (500.000 + 800.000 + 500.000 + 200.000) ÷ (1.500.000 + 250.000)

IRC = 2.000.000 ÷ 1.750.000 = 1,1429 ou 114,29%

Nesse caso, os recursos não correntes são inferiores ao ativo fixo e, portanto, insuficientes para financiá-lo.

Se compararmos as duas empresas, levando em consideração apenas a IRC, podemos dizer que a primeira tem finanças mais equilibradas.

Como a Imobilização de Recursos não Correntes é usada?

A IRC é usada tanto por gestores quanto por investidores.

Para os gestores, ela sinaliza que é preciso ajustar as finanças da empresa, para trazer mais segurança ao negócio. Para os investidores, ela pode ser um indicativo de que uma empresa representa uma alternativa mais arriscada para colocar seu dinheiro.

Nos dois casos, é importante lembrar que a IRC não deve ser utilizada sozinha. Ela é apenas mais um índice, no amplo repertório que pode ser aplicado para avaliar uma empresa. 

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
A Mais Retorno é um portal completo sobre o mercado financeiro, com notícias diárias sobre tudo o que acontece na economia, nos investimentos e no mundo. Além de produzir colunas semanais, termos sobre o mercado e disponibilizar uma ferramenta exclusiva sobre os fundos de investimentos, com mais de 35 mil opções é possível realizar analises detalhadas através de índices, indicadores, rentabilidade histórica, composição do fundo, quantidade de cotistas e muito mais!
Mais sobre

® Mais Retorno. Todos os direitos reservados.

O portal maisretorno.com (o "Portal") é de propriedade da MR Educação & Tecnologia Ltda. (CNPJ/MF nº 28.373.825/0001-70) ("Mais Retorno"). As informações disponibilizadas na ferramenta de fundos da Mais Retorno não configuram um relatório de análise ou qualquer tipo de recomendação e foram obtidas a partir de fontes públicas como a CVM. Rentabilidade passada não representa garantia de resultados futuros e apesar do cuidado na coleta e manuseio das informações, elas não foram conferidas individualmente. As informações são enviadas pelos próprios gestores aos órgãos reguladores e podem haver divergências pontuais e atraso em determinadas atualizações. Alguns cálculos e bases de dados podem não ser perfeitamente aplicáveis a cenários reais, seja por simplificações, arredondamentos ou aproximações, seja por não aplicação de todas as variáveis envolvidas no investimento real como todos os custos, timming e disponibilidade do investimento em diferentes janelas temporais. A Mais Retorno, seus sócios, administradores, representantes legais e funcionários não garantem sua exatidão, atualização, precisão, adequação, integridade ou veracidade, tampouco se responsabilizam pela publicação acidental de dados incorretos.
É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações ou qualquer outro conteúdo deste site por qualquer meio sem a prévia autorização de seu autor/criador ou do administrador, conforme LEI Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
® Mais Retorno / Todos os direitos reservados