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Inadimplência

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:29/07/2019 às 19:20 -
Atualizado 5 anos atrás
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O que é inadimplência?

Qualquer economia é formada pela interação entre os seus agentes.  Estes firmam acordos, ou contratos, entre si quando realizam os seus negócios.  A inadimplência, que muitos associam exclusivamente a um não pagamento, nada mais é do que o descumprimento de uma obrigação contratual.

Quando ela ocorre, traz prejuízos para as outras partes envolvidas, que buscarão um ressarcimento dos danos.  Avaliada de forma mais ampla, a inadimplência prejudica a sociedade de um modo geral, dado o custo que sua imprevisibilidade impõe a todos.

Qualquer um está sujeito a um evento dessa natureza, seja ele o governo, uma empresa ou até mesmo uma pessoa física.  No caso de governo e empresas, o não pagamento ocorre em função das condições do mercado monetário, de crédito e de capitais enquanto no caso de pessoas, é a falta de oportunidades de trabalho.

Alguns dados da Serasa confirmam esse fato:

  • 50,9% são homens;
  • 39,1% ganham entre 1 e 2 salários mínimos;
  • 19,4% estão na faixa entre 41 e 50 anos.

Percebe-se então que são chefes de famílias que perderam a principal fonte de renda, o emprego formal.

 

Quais as principais consequências da inadimplência?

Na ocorrência de um evento de não pagamento, a credibilidade em relação a aquele tomador é abalada, sendo isso registrado de alguma forma.  Governos e empresas sofrem o temido downgrade, ou rebaixamento da sua qualidade de crédito, enquanto as pessoas físicas são inseridas nos cadastros de inadimplentes, ficando com o “nome sujo”.

Para esse segundo grupo, emprestar novamente fica praticamente impossível, restando apenas as opções pouco recomendadas de pedir para parentes e amigos ou, na pior das alternativas, cair nas mãos de agiotas.

A realidade para o outro grupo é um pouco diferente.  As operações de crédito bancário e os títulos de renda fixa emitidos por governos e empresas continuam presentes, mas passam a embutir um juro substancialmente mais alto pois:

  • Poucos se propõem a tomar esse risco;
  • Os emissores dificilmente apresentam garantias de qualidade.

Isso explica porque é tão importante o investidor avaliar previamente o ativo em que pretende colocar o seu dinheiro.  Uma vez ocorrida a inadimplência, o papel que está na carteira perde o seu valor, não só porque ele é descontado à uma nova taxa, mas também porque passará a ter menos liquidez.

Por que governos e empresas entram em default?

Default é a terminologia adotada pelo mercado financeiro para indicar o que chamamos de “calote”.  Ao contrário de pobres mortais como nós, governos e empresas se financiam com frequência e não só quando precisam de dinheiro.

Dependendo da fase do ciclo econômico, as taxas de juros podem estar abaixo da taxa dos outros compromissos assumidos por esses agentes.  Nessas circunstâncias, fica mais fácil não só trocar a dívida mais “cara” por outra mais “barata” como as condições bastante líquidas na economia permitem um endividamento maior.

Na maioria dos casos, o inadimplemento ocorre por uma mudança repentina no cenário: o processo inverso é muito mais brusco e rápido.

Os agentes perdem a liquidez, porque outros participantes do mercado enfrentam as mesmas dificuldades econômicas, e as instituições financeiras, além dos investidores de um modo geral, ficam mais exigentes para emprestar.

O que fazer em uma situação de inadimplência?

Apesar das diferenças apontadas acima, a receita para sair da inadimplência é a mesma para todos.  Aumentar as receitas ao mesmo tempo em que se corta as despesas.  Essa é a coisa mais difícil de se fazer.

Governos são depostos e famílias são desfeitas em função dos sacrifícios que são exigidos.  Não porque alguém fica responsável por colocar as contas em ordem, mas porque quem faz esse controle é um agente externo.

Países que se submetem a programas de ajuda do Fundo Monetário Nacional (FMI) e empresas que acessam os mercados bancários e de capitais sofrem transtornos da mesma forma que as pessoas comuns.

Não gastar além do que se ganha, guardar sempre e investir para o crescimento são itens que fazem parte da cartilha de educação financeira de qualquer um, seja uma nação, uma empresa ou até mesmo você.

 
Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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