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Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR)

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:03/05/2021 às 21:19 -
Atualizado 3 anos atrás
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O que é DOAR (Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos)?

A DOAR é um relatório contábil que indica as movimentações financeiras de uma empresa, principalmente no que tange os financiamentos (representados pelas origens dos recursos) e investimentos, que são as aplicações desses recursos.

Anteriormente, era obrigatória a elaboração desse relatório. Hoje ele é opcional, ao passo que a DVA (Demonstração do Valor Adicionado) passou a ser obrigatória. 

Apesar disso, é recomendado desenvolver a DOAR, pois ela fornece informações muito valiosas para uma boa gestão de negócios, isto é, se uma empresa está tendo acréscimo ou redução de riqueza.

Como funciona a DOAR?

Essa demonstração tem como principal objeto os recursos, sendo que eles podem ser tanto o capital, quanto as disponibilidades e outros bens, ou seja, o CCL (Capital Circulante Líquido).

O CCL, em linhas gerais, é a diferença entre o ativo circulante (como as contas a receber e as despesas pagas antecipadamente) e o passivo circulante (contas a pagar e outras exigibilidades do exercício seguinte).

Assim, a DOAR pode ser dividida, didaticamente, em 2 partes:

1. Origens dos recursos

  • Lucro do exercício, depreciação, amortização ou exaustão: vem da própria receita da empresa, das operações etc;
  • Realização do capital social e contribuições para reservas de capital: são recursos que a empresa recebe à parte, pois não são associados ao produto que ela comercializa;
  • Recursos de terceiros: referem-se aos empréstimos e financiamentos realizados com outras instituições.

2. Aplicações dos recursos

  • Remuneração de acionistas: são os próprios pagamentos de dividendos;
  • Aquisição de direitos do ativo imobilizado: diz respeito aos recursos voltados para a manutenção da instituição, como móveis, máquinas e equipamentos;
  • Aumento do ativo realizável a longo prazo, dos investimentos e do ativo diferido: incluem os ativos que serão realizados apenas no próximo relatório;
  • Redução do passivo exigível a longo prazo: amortização de empréstimos a longo prazo, por exemplo.

Discriminadas as origens e as aplicações, para ter uma DOAR completa, faz-se a subtração e obtém-se o CCL — que pode ser positivo ou negativo. Quando positivo, significa superávit. Se negativo, provavelmente, será indicado fazer empréstimos para custear as operações.

Adicionalmente, deve-se explicitar o excesso ou insuficiência das origens de recursos, em relação às aplicações, além de alguns saldos no início e no fim do exercício, como os do ativo e passivo circulantes e do montante do CCL.

Todas essas informações são bem semelhantes às que a DVA apresenta. Mas essa mudança na contabilidade brasileira foi importante para uniformizar e facilitar a vida de outras pessoas, como investidores estrangeiros, ao fazerem análises financeiras de companhias nacionais. 

Qual a diferença entre a DOAR e a DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa)?

A DFC abrange as entradas e saídas de uma empresa, bem parecido com a DOAR, não é mesmo? Mas existem claras diferenças entre as duas demonstrações, observe:

  • A DFC se utiliza dos depósitos bancários para a análise dos pagamentos, enquanto a DOAR avalia lucro/prejuízo pelo CCL e pelas disponibilidades;
  • A demonstração de fluxo é um relatório de prazo mais curto, com períodos de meses, no máximo. Já a DOAR utiliza fluxos de caixa circulantes, de prazo maior;
  • A DOAR apresenta a política de investimentos e financiamento da empresa, sendo mais abrangente que a DFC.

Desvantagens dessas demonstrações financeiras

Embora a DFC tenha o seu diferencial de ser adotada em todo o planeta, pela IFRS (International Financial Reporting Standards), ela tem as limitações de trabalhar com menos informações e não contornar o efeito da inflação.

Já na DOAR, há a lacuna de não demonstrar os ativos financeiros, apenas os monetários. A outra limitação foi, em certo sentido, ela ter deixado de ser obrigatória, pois isso induziu muitos empresários a acharem que ela foi extinta e, portanto, desnecessária. 

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