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Política Cambial Intervencionista

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:15/02/2021 às 15:08 -
Atualizado 3 anos atrás
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O que é Política Cambial Intervencionista?

Política cambial intervencionista é um conjunto de ações tomadas pelo Banco Central que visam definir o valor da moeda de um país em relação à moeda de outra nação.

Geralmente, o dólar é a moeda a ser equiparada, isto é, o valor do real (ou peso argentino, por exemplo) perante o dólar americano.

Essa política cambial pode ser dividida de duas formas: cambio fixo e cambio flutuante.

Cambio fixo é uma modalidade de política cambial intervencionista, pois tem forte intervenção do estado - via Banco Central. Nela, a moeda local é fixa em relação ao dólar, como aconteceu com o Brasil na década de 90 com o plano real.

Ou seja, o real e o dólar tinham uma cotação fixa (R$1,00 para US$1,00) sem sofrer alterações.

O objetivo dessa política cambial intervencionista era conter a inflação e manter a moeda local forte. Na Argentina aconteceu o mesmo durante a década de 90, porém, o que era pra ser uma política de curto prazo se tornou permanente.

Após 10 anos praticando o cambio fixo, o desemprego no nosso vizinho sul-americano chegou a 17%. Isso aconteceu pois a política cambial intervencionista pareou o peso argentino com o dólar e desestimulou as exportações para fora do país.

Uma política cambial intervencionista pode ter também caráter flutuante. Um cambio flutuante é caracterizado por uma flutuação do dólar de maneira constante - é por isso que nos jornais todos os dias vemos a manchete “dólar sobe/dólar cai”.

Ou seja, em algum momento, 1 dólar está valendo R$4,00 e em outro momento está valendo cerca de R$5,20, como nesse fim de 2020.

Ainda assim, o cambio flutuante pode ser dividido em cambio flutuante “limpo”, e em cambio
flutuante ”sujo”.

No primeiro não há intervenção do Banco Central na cotação, ou seja, o valor do dólar e do real será definido pelo mercado e pela oferta e demanda. Já no segundo, será praticada a política cambial intervencionista.

Esse cambio flutuante “sujo” é a política cambial vigente no Brasil atualmente, e apesar de talvez não conhecer esse termo, você provavelmente já viu uma noticia de como essa política cambial intervencionista funciona: “Banco Central vende US$5 bilhões para conter a alta do dólar”.

É justamente dessa maneira que o Banco Central intervém para controlar a cotação do dólar: vendendo ou comprando dólar.

A política cambial intervencionista nesse caso funciona da seguinte maneira: quando o real se desvaloriza muito perante o dólar, o Branco Central vende seus dólares que estavam na “reserva internacional” (um tipo de cofre) para o mercado.

Desse modo, maior quantidade de dólar estará circulando no mercado, e consequentemente menor será o seu valor - oferta e demanda.

Quando uma Política Cambial Intervencionista foi utilizada?

Em 2019, o Banco Central fez isso pela primeira vez após 10 anos - desde o auge da crise de 2008 - para conter a alta do dólar.

No ano de 2020 essa política cambial intervencionista foi uma pratica comum pelo Banco Central, uma vez que a pandemia auxiliou na desvalorização do real. Dessa forma, foram vendidos cerca de US$ 25 bilhões de reservas para segurar a disparada do dólar.

Mas engana-se quem pensa que a política cambial intervencionista do Banco Central seja apenas para conter a alta do dólar. Em 2016 foi exatamente ao contrário: naquele cenário de pré-impeachment da então presidente Dilma Rousseff, o dólar vinha em queda.

Desse modo, o Banco Central interveio comprando dólares, ou seja, retirando os dólares do mercado. Uma vez que há menos dólares circulando, mais valor ele terá - novamente oferta e demanda.

E a intenção do Banco Central era justamente frear essa queda do dólar.

A partir disso existem duas linhas defendidas por economistas sobre a política cambial intervencionista: a de que um real mais valorizado (isto é, valor do dólar mais baixo) é importante para conter a inflação e estimular o mercado interno.

E a de que um real desvalorizado (isto é, valor mais alto do dólar) seja benéfico para a expansão das exportações brasileiras, tornando o produto nacional mais competitivo no exterior.

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